Possuidor de uma grande biodiversidade, o Brasil enfrenta problemas recorrentes do mau uso desse privilégio e um deles é o tráfico de animais silvestres. A persistência desse fenômeno, que ocorre desde da época da colonização se deve, em partes, à grande extensão territorial do país e o decorrente descontrole de suas riquezas e fronteiras. Os traficantes, provenientes da Europa, se direcionam para o Nordeste e o Norte do país, onde encontram-se respectivamente a Mata Atlântica e a Floresta Amazônia, biomas detentores de uma rica biodiversidade, sendo o primeiro já classificado como hotspot, ou seja, área com grande biodiversidade e com risco de extinção. A finalidade dos animais capturados podem ser variadas, como estimação, coleção ou zoológicos e até pesquisas científicas. Após a captura dos animais, os traficantes se encaminham para os Estados Unidos e daí voltam ao continente europeu. Nesse percurso, os animais enfrentam situações de estresse e sofrimento ,causados pelo longo caminho, pelo fato de estarem encarcerados e por receberem maus-tratos. Além disso, as consequências para as espécies são preocupantes, já que com a diminuição do numero de animais, a seleção natural e a decorrente evolução genética das espécies são comprometidas. Com o objetivo de cessar o tráfico de animais silvestre no Brasil e garantir a preservação e evolução das espécies endêmicas do país, é necessário que as fronteiras e as florestas sejam severamente vigiadas, além disso, uma maior rigidez jurídica quanto a esse criem torna-se essencial para o seu combate.