O tráfico de animais silvestres não é um problema atual. Desde a época colonial, os animais eram capturados e enviados para a metrópole, em especial as aves, cujo objetivo era utilizá-las na confecção de roupas e ornamentações. Isso é preocupante, uma vez que causa sérios riscos tanto para a sociedade quanto ao meio ambiente. O filme Rio, retrata a vida de uma arara azul chamada Blu que foi alvo da biopirataria do Brasil, no entanto, foi encontrada por uma menina que decide cuidá-la, consequentemente, o apego ao bicho cresce a cada dia e a adota como se fosse um animal de estimação sem analisar os futuros prejuízos que pode ser causado para a ave, onde cresce sem saber voar. Infelizmente, essa é uma realidade no Brasil, pois os indivíduos adquirem as diversas espécies de animais em feiras livres e atribuem a ideia de que está o salvando daquela situação triste que é a convivência em grades. Porém, está apenas contribuindo com a comercialização ilegal e muitas vezes continuam aprisionados em gaiolas em conjunto com a falta de cuidados. Segundo a BBC, cerca de 38 milhões de espécies são retiradas do próprio habitat todo ano e durante o trajeto algumas não suportam as péssimas condições, o que gera a extinção. Apesar da Lei de Crimes Ambientais determinar que é considerado proibido a venda, criação ou qualquer tipo de negócio que provoque a retirada do animal da natureza, inclusive é declarado como crime inafiançável, o país ainda é alvo de contrabandistas devido a presença de uma imensa biodiversidade. Visto que o comércio movimenta grande quantidade de capital tanto no mercado interno quanto externo, principalmente aqueles que são utilizados para fins científicos, tendo em vista as cobras. Além disso, recentemente foi lançada a moda de utilizar borboletas e mariposas em casamentos, essas passam por uma série de procedimentos para estarem “aptas” a seguir o planejado pelos organizadores do evento, por exemplo a redução da temperatura corporal das mesmas. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério da Justiça deve aprimorar a lei através de severas multas e punições, cujo principal objetivo seja mostrar que há a utilização da norma e com isso, gerar medo nas pessoas que persistem em permanecer nesse tipo de atividade ilegal. Outrossim, cabe ao Ibama junto com as Forças Armadas inserir mais fiscalizações nas florestas e ao longo das fronteiras, cuja finalidade seja impedir a transferência de animais para outro locais, ou até mesmo, a utilização de meios tecnológicos para melhorar a vigilância, por exemplo: a inserção de câmeras.