No Brasil, calcula-se que 12 milhões de animais silvestres são retirados da fauna brasileira anualmente. O tráfico de animais retira espécies de seu hábitat por diversas finalidades. Para estimação ou para colecionadores, por exemplo. Enquanto isso ocorre, é como se o país virasse as costas para tamanha crueldade. A lei é permissiva e as punições são brandas. Aqueles que são pegos com animais silvestres recebem pequenas multas por espécie apreendida e, com isso, voltam a tê-los. Já quem trafica responde judicialmente. No entanto, na maioria das vezes, a punição não é mais do que o pagamento de cestas básicas e, portanto, voltam a traficar. Além disso, a saúde dos animais e da população é posta em risco. Sem preocupação com os bichos, muitos morrem antes mesmo de serem vendidos e, tantos outros, são maltratados. E como não há controle sanitário, doenças como a malária dos primatas e a raiva podem ser transmitidas ao homem. Evidencia-se, portanto, que as leis existentes não intimidam os criminosos. É necessário que o poder público aplique punições severas, não somente a quem vende, mas também aqueles que compram, pois consentem com o crime. Além disso, as pessoas precisam ter acesso, através de palestras realizadas por ONG’s ou, até mesmo, por programas de TV, dos riscos a qual a população é exposta e, principalmente, dos maus tratos que estes animais sofrem para tornarem-se meros enfeites dentro de gaiolas.