O tráfico de animais no Brasil é uma conduta típica, prevista como crime no código penal, essa conduta existe a séculos, repassada através de gerações. Esse crime é frequentemente encontrado, pois o nosso país possui uma grande biodiversidade, com milhares de espécimes de animais, algumas endêmicas de determinadas regiões. As nossas florestas possuem inúmeras espécies de animais, como serpentes, macacos, aves, animais valorizados no mercado negro que acabam se tornando produtos do crime de tráfico. Traficantes pagam ribeirinhos ou moradores próximos de áreas protegidas para efetuar a captura de determinada espécie que o foi solicitada no mercado negro. O mercado negro é um comércio que pessoas solicitam e traficantes anunciam produtos ilícitos. Os animais que são vendidos, na maioria dos casos, acabam se tornando pets para as pessoas. Os indivíduos que compram animais de forma ilegal patrocinam os traficantes e cometem crime, sujeito a penas previstas na legislação em vigência. Além do crime praticado, essas pessoas prejudicam o meio ambiente, muitos animais durante o transporte acabam morrendo ou se desenvolvem rapidamente, tornando seu custo alto e posteriormente soltos em outros habitats, gerando a transmissão de doenças e provocando um desequilíbrio na cadeia alimentar por ser um animal exótico naquele habitat. Para mudar esse cenário desafiador, medidas mitigatórias devem ser tomadas. Os governos estaduais e o governo federal precisam investir na fiscalização em áreas protegidas e de grande valor ambiental, como parques e unidades de conservação. Fiscais do meio ambiente precisam ser contratados e treinados para fiscalizar essas áreas, precisa ser aumentado o efetivo de Policiais Militares Ambientais, pois o efetivo pequeno que tem hoje não consegue suprir a demanda das denúncias. É importante que seja investido em equipamentos como câmeras fotográficas que captam sensores térmicos e implantar nas áreas protegidas, permitindo auxiliar na identificação de possíveis criminosos, comprar helicópteros para fazer o patrulhamento aéreo em grandes áreas florestais e criar leis mais rígidas, com penas mais altas de reclusão e de multa, visando inibir ao máximo as práticas do crime de tráfico de animais.