O escritor irlandês Bernard Shaw ponderava ser a vida muito curta para se refletir a respeito de fatos, os quais, não fossem realmente significativos, e poucos assuntos são mais relevantes que o tráfico de animais silvestres. Isso faz fomentar um debate contínuo na sociedade acerca desse tema. Nesse sentido, adensa essa problemática a alta lucratividade dos criminosos, juntamente com a falta de fiscalização ambiental. Em primeiro plano, as altas taxas de tráfico de animais possuem direta relação com a alta lucratividade dos traficantes, que garantem seus lucros a partir das vendas clandestinas aos laboratórios de pesquisas, colecionadores, zoológicos e outros locais. Essa correlação se explica porque as taxas de contrabando de animais só permanecem elevadas devido ao alto retorno financeiro que concedem. Em segundo plano, a desconstrução desse grave quadro que impacta negativamente o ambiente, passa, obrigatoriamente, por uma fiscalização ambiental mais rígida e eficaz, sendo capaz de subtrair amplamente esses casos criminosos. Essa necessidade existe pois, somente assim, os contrabandistas serão melhor observados e, consequentemente, retraídos. O tráfico de animais silvestres, portanto, tem como vetores a alta lucratividade que gera, em paralelo a um deficiente sistema brasileiro de fiscalização ambiental. Para que haja a satisfatória superação dessa questão, a Polícia Federal deve fiscalizar amplamente as rotas já conhecidas como usadas pelo crime, tal como anônimos devem denunciar insistentemente o tráfico de animais, com a finalidade de que sejam demasiadamente reduzidos. Além disso, torna-se função da ONG "SOS Fauna" cumprir sua função, promovendo a recolocação dos animais vítimas do comércio ilegal em suas regiões de origem, a fim de que não ocorra a extinção dessas espécies.