Centenas de milhares de animais das mais variadas espécies são ilegalmente transportados do Brasil para países do exterior anualmente. O preço dos animais varia conforme sua raridade e a tendência é que esta prática hedionda se prolongue por muitas décadas caso nenhuma medida governamental efetiva seja realizada. Espécies como o mico leão dourado e o arara azul são as espécies com mais rentabilidade comercial no tráfico de animais. E como tal, são as espécies que mais estão ameaçadas de extinção. As consequências do tráfico ilegal de animais não se limitam a diminuição da espécie que está sendo contrabandeada, mas também de todo equilíbrio ecológico que é perdido na diminuição de determinada espécie e como consequente o aumento de outra. É importante pontuar que a grande maioria dos animais exportados de forma ilegal são filhotes, o que diminui o número de futuros reprodutores saudáveis, o que ocasiona a extinção gradativa da espécie contrabandeada. Animais raros e de alto valor comercial como os exemplos já citados, são os mais propensos a extinção. E no que se refere as políticas de prevenção a tal ato – o do tráfico de animais – adotadas pelo governo brasileiro não são capazes de impedir que milhares de espécies de animais silvestres sejam exportadas para o estrangeiro anualmente, unicamente porque o policiamento é falho e as medidas punitivas adotadas são extremamente brandas – a pena para quem contrabandeia animais é de seis meses a um ano. Medidas mais enérgicas precisam ser adotadas pelo governo, medidas punitivas mais severas, como, por exemplo, cinco anos de cadeia e multa para quem for apanhado praticando tal ato poderia atenuar tal prática. Como também investigações nacionais e internacionais que localizem o mercado que comercializa estes animais, prendendo seus idealizadores e assegurando a segurança e o futuro das espécies raras e exuberantes da fauna brasileira.