No final da década de 1970 o Brasil já via os primeiros sinais da redemocratização, um governo acossado pela inflação, e que sente o enorme peso das manifestações populares não se manteria no poder por muito tempo, foi assim que Ernesto Geisel iniciou o lento processo de redemocratização do Brasil. Esse processo ganhou forças com o movimento Diretas já, que aconteceu em 1985. A democracia brasileira é um bebê se comparada à democracia Americana, Inglesa ou Francesa. E uma criança com muito a aprender com as democracias Nórdicas. Mesmo não sendo uma das mais antigas e uma das melhores é inegável que em trinta os avanços acumulados são evidentes: o processo eleitoral é um dos mais seguros e confiáveis do mundo. A liberdade de expressão e manifestação aumentou como se pode perceber durante as enormes manifestações realizadas em meados de 2013 e no decorrer de 2015. A economia hoje tem mais estabilidade do que no passado e pobreza vem recuando. Mesmo com essas enormes conquistas ainda há muito que fazer. Marcos Nobre, professor de Filosofia da UNICAMP afirma: “A nossa democracia ainda é pouco democrática”, ao dizer isso ele aponta para fatores que mostram que nossa democracia ainda não é plena, são eles: o poder limitado da população de fiscalizar o que está sendo feito com o dinheiro público, a corrupção associada à impunidade e a desigualdade social ainda alta, fatores que associados ou dissociados limita os direitos da população. Depois de trinta anos do movimento diretas percebe-se que o Brasil ainda caminha em direção a uma democracia plena, mas para que isso um dia aconteça é necessário que os brasileiros, de modo geral, se interessem por política e não se esqueçam dos políticos nos quais votaram. Também é necessário que a população fiscalize mais o governo e cobre medidas de controle e punição a atos de corrupção, garantindo assim uma politica mais limpa e um maior bem estar social, que por consequência diminuiria as desigualdades sociais.