Movimentos sociais ganham a cada dia mais força no cenário mundial, sendo consequência de lacunas deixadas na atuação da democracia, que foge ao seu compromisso representativo. O pedido por uma redemocratização está acontecendo desde o movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas, a chamada “Diretas Já“. No entanto, as respostas a serem atribuídas às marchas sociais são lentas e gradativas. Com isso, o cenário político até então, possui falhas administrativas possibilitando a ocorrência de latrocínios, desvios de verbas públicas, imposturas de políticos que exorbitam de seus respectivos cargos e não cumprem com os deveres que lhes foram concedidos. Saúde pública, meios de transporte, desigualdades sociais e de níveis de escolaridade, são exemplos de problemas da sociedade, gerados a partir do reflexo da organização política, os quais a população tenta “abrir os olhos” de seus representantes por meio de reivindicações e protestos sendo que, na maioria das vezes, nem sequer são ouvidos e interpretados da maneira correta. Isto é, em meio ás condições dadas aos manifestantes, que tentam expor suas opiniões e desejos destinados à sociedade e não são ouvidos por seus dirigentes, colocando assim em pauta o significado da democracia e se está sendo abrangida, aplicada e exercida corretamente. Em virtude dos fatos mencionados, a redemocratização no Brasil é um processo complexo e seu cenário está associado à questões sociais. Sendo assim, em primeira instância, fiscalizações e punições devem ser aplicadas na política, além do maior reconhecimento das propostas expostas pelos cidadãos em protestos, pois manifestação é uma forma de ampliação da área de atuação da democracia, e também melhora no âmbito de partidos políticos que irão disputar por vagas em cargos importantes na política brasileira, como forma de prevenir malefícios refletidos na sociedade, pois como afirmado por Platão “O castigo dos bons que não fazem política é ser governado pelos maus”.