Foi-se colônia, depois de sua independência tornou-se monarquia e posteriormente república, teve-se democracia, ditadura e novamente soberania do povo. Caminho longo tanto para a tão almejada democracia quanto para a aprendizagem do cidadão brasileiro em sua função em um tipo de governo de onde dele demanda todo o poder: o de reivindicar aquilo que não o agrada. Inconformados e revoltados com os altos índices de desigualdades sociais, as más qualidades da saúde, segurança e transporte públicos tem levado os brasileiros a reclamarem de seus representantes políticos. Esses últimos, hábeis na arte de ludibriar, trazem para o Brasil a copa do mundo e as olimpíadas, aplicando assim como os romanos antigos a política do pão e circo, na tentativa de conter a insatisfação popular. Péssima ideia, perdia-se no campo e em pouco tempo depois nos gabinetes com a corrupção da Petrobrás, assim em pouco tempo o país verde e amarelo, tornava-se preto e perdia dois orgulhos nacionais (a Petrobrás e o futebol), convidando novamente os brasileiros ás ruas, contudo agora com mais insatisfação que nunca visto antes. Os políticos que tem esquecido seu papel representativo e que passaram a agir por interesses particulares, atrás de cargos comissionados e dinheiro fácil, hoje sentem medo do povo que busca por respostas e atitudes, confirmando os pensamentos de Ulisses Guimarães: a única coisa que põe medo em político é o povo nas ruas. Observa-se que o povo não está alheio ao seu governo, que aliás, não houve as demandas do primeiro, por isso, faz-se necessário abrir vias de comunicação direta entre os reivindicadores e os representantes a fim de fazer valer a constituição democrática representativa no caminho a governabilidade coletiva, para tanto o ministério público criaria a secretaria da comunicação político-social, que ficaria responsável em reduzir a distância representado-representante, redirecionando direta e objetivamente as reivindicações dos primeiros para os segundos, vetando-se os bônus ou regalias dos políticos que não atendesse os pedidos comuns da grande maioria de seus eleitores. Assim, a democracia será do povo e para o povo, fazendo-se ter orgulho de todo o caminho histórico percorrido.