Ano de 2013, Rio de Janeiro. A passagem do transporte público salta de R$2,50 para R$2,75. É o estopim para a população, que sai as ruas em revolta. Milhões de pessoas se reúnem aos gritos de "não é só pelos 20 centavos". Não era. Hoje, 2016, a passagem do transporte público vale R$3,80. Após 2013, a maioria do que gerou indignação na sociedade foi refletido em passeatas e outras formas de manifestações. Por vezes tão grandiosas, que comparadas ao movimento Diretas Já! ou dos Caras Pintadas. Porém, com algo que as se separa - o êxito. Ao exercer seu direito de reivindicar, garantido pelo regime democrático, a população é silenciada pela mídia parcial e o governo indiferente. A primeira, gera inclinação na formação de opinião. Enquanto o segundo, não discute o assunto reivindicado e segue na política do "pão e circo". É imaginável que atender ao que o povo clama, acabaria com muitos esquemas corruptos ou de outro interesse, no cenário político. Por isso, fechar os olhos é a válida. E enquanto o governo permanece nessa posição, os ativistas também permanecem fortes em sua indignação. Onde a mídia tenta acobertar, mas é vencida pelas redes sociais. Analisando esse cenário, fica claro que o Brasil ainda não alcançou sua plena democracia. E para isso, precisará de maior comprometimento no exercício de funções tanto político-administrativas quanto jornalísticas. Podendo-se contar com o envolvimento dos Ministérios da Justiça e das Comunicações. Tão necessário quanto - no âmbito cultural - é importante que não permita a sociedade esquecer o direito e poder do ativismo popular, por meio da construção de elementos históricos que remetam a isso, por exemplo.