O turbulento cenário atual brasileiro demonstra o fortalecimento do exercício da cidadania no contexto democrático, que tenta se reerguer desde o fim da ditadura. Muito embora antes da ditadura o sistema democrático não fosse completamente exercido, hoje ele demonstra estar em construção, sendo necessário que toda a população saia do comodismo e assuma o dever de agente político. Do mesmo modo em que grande parte da população brasileira participou e engajou nas manifestações organizadas, principalmente em 2015, muitos são os brasileiros que continuam resignados, causando intrigas nas redes sociais por esse ou aquele partido político, sem expectativa de mudanças nas falhas governamentais. Essa postura resignada, que demonstra insatisfações apenas por meio de discussões no meio “internetê”, atribui a responsabilidade governamental somente aos representantes políticos federais e estaduais, embora a democracia que se espera no Brasil seja muito diferente disso. Relembrando a história brasileira, a democracia defendida na constituição antes do golpe de 1964 promovia maior participação popular na política, com a participação da mulher, e a condição de igualdade política perante todos os cidadãos brasileiros. Porém, na prática, os marginalizados não conseguiam usufruir de seus direitos políticos. Como resultado desse histórico, alguns cidadãos se demonstram desesperançosos no cumprimento da constituição e da democracia, ainda nos dias de hoje. Para que a democracia de realizasse tanto na constituição quanto na prática, todos devem assumir postura cidadã e contribuir na concretização da construção da democracia no Brasil, tendo como inspiração os movimentos de manifestação, exemplo de participação política e tomada de responsabilidade governamental. A fim de incentivar e promover maior envolvimento do povo no governo de si próprio, deve ser criado um ranking brasileiro que classifica cada cidadão de acordo com sua postura cidadã. Seriam avaliados o engajamento de cada brasileiro na hora do voto, as idas às consultas públicas nas Câmaras Municipais, a procura por informações de cada candidato, a monitoria das ações políticas dos governantes votados e a participação em manifestações e abaixo-assinados, de cada cidadão, como incentivo ao exercício pleno da cidadania e ao total exercício da democracia. Dessa forma os brasileiros seriam impelidos a ficar no topo do ranking e seria gerada a responsabilidade política em cada um.