O gigante despertou O regime militar foi um período em que a política brasileira foi conduzida por militares. Essa época foi marcada por censura, perseguição política, falta total de democracia e repressão àqueles que eram contrários ao governo. Diante desse cenário, em meados da década de 80 (oitenta), surgiu o movimento Diretas Já, o qual levou milhares de pessoas às ruas, clamando por eleições diretas para o cargo de presidente da república e, consequentemente, pelo fim da ditadura. Atualmente, temos vivenciado situações semelhantes, já que, os brasileiros, por meio da internet, marcam manifestações e se encontram nas ruas para protestar. Tudo começou em 13 de junho de 2013, quando estudantes saíram às ruas por causa do aumento das passagens de ônibus bem como pela precariedade dos transportes públicos. Contudo, as pessoas pediam mais do que a redução das passagens, reivindicavam pelo fim da corrupção, redução dos impostos, diminuição da taxa de desemprego, saúde, educação, segurança, enfim cada um levava o seu cartaz com uma reclamação que acreditava ser necessária para melhorar o país. Afinal, nossa Constituição Federal em seu artigo sexto (art. 6º) nos garante os direitos sociais – transporte, trabalho, educação, moradia, segurança, lazer, previdência social, assistência aos desamparados, alimentação, proteção à maternidade e à infância, saúde – ou seja, o Estado tem obrigação de promover para os brasileiros condições mínimas para se ter uma vida digna. Todavia, na prática, tem sido diferente, uma vez que o dinheiro público esta sendo desviado para saciar a ganância dos nossos representantes. Àqueles que deveriam fazer de tudo para melhorar a qualidade de vida do povo, são os que têm feito mal uso dos recursos públicos. Por isso, é necessário que haja uma mudança urgente na legislação para punir severamente os corruptos, de maneira que os que causem prejuízo ao erário e se enriqueçam ilicitamente não venham mais ser nossos representantes. É preciso também haver uma mudança cultural, ou seja, não se pode mais aceitar “o jeitinho brasileiro” nem muito menos “tudo acaba em pizza”, pois isso engessa o sistema de transformação política, já que as pessoas demonstram conformismo com a situação. Logo, vamos fiscalizar as finanças públicas, exigir seriedade e respeito dos nossos governantes para com o povo brasileiro e reivindicar que nossos direitos e garantias sejam colocados em prática.