O Brasil vive um momento conturbado em sua recente democracia. Depois de viver 21 anos em regime ditatorial (1964-1985), passar por um impeachment do então presidente Collor (1992) e agora passa novamente por outro processo difícil que foi a retirada da ex-presidente Dilma do poder. Independente do mérito se foi ou não válida, é notório que algo deve ser revisto nesse sistema de governo no qual se encontra o país. Em primeiro lugar, deve-se analisar os escândalos de corrupção não isoladamente, mas em toda a sociedade. Os políticos são reflexo da população, se aqueles roubam, esta não deixa de ter culpa, visto que foi quem os elegeu. É evidente que não se pode generalizar e achar que todos são ladrões, o fato é: os corruptos devem pagar por seus crimes, e vêm pagando, haja vista a Operação lava Jato, por exemplo, na qual já prendeu vários transgressores. Vale ressaltar ainda que, a Constituição Federal permite qualquer um, respeitadas as condições de elegibilidade, se candidatar a um cargo dentro da administração direta. No entanto, há dois problemas, o primeiro é que qualquer um bastando não ser analfabeto e estar em dias com as obrigações eleitorais pode pleitear a um cargo e o segundo é que se não gastar bastante dinheiro na campanha ele não será eleito, tendo em vista despesas das mais diversas, tais como, divulgação, campanha nas rádios, televisão, "outdoors" e com o povo, sim, este que não pesquisa em quem votar e vota por conveniência, inclusive, com compra de votos. Fica claro, portanto, que a redemocratização em construção no Brasil precisa ser revista. Os políticos julgados e condenados por corrupção devem pagar por seus crimes com penas longas para que sirva de lição e desistimule quem tenha essa intenção. Dar maior autonomia para a Polícia Federal e Ministério Público é fundamental. Ademais, é preciso que a sociedade mude sua mentalidade, e parar isso a mídia e a escola são essenciais; palestras, comerciais e até novelas são importantes para ajudar as pessoas escolherem melhor seus representantes.