A democracia brasileira tem passado por recuperação nessas últimas três décados do período pós-ditadura militar. O pouco contato do povo brasileiro com a política durante toda sua história é, ainda, um dos fatores mais relevantes para a instabilidade nacional nessa área. A população brasileira tem aversão à vida política, fato este que possui explicação histórica, visto que dos cinco séculos do Brasil após a chegada dos portugueses, apenas os últimos 27 anos foram marcados pelo voto direto e universal (sem distinção de classe, renda, nível de ensino etc.) ao representante máximo do poder executivo. Em outras palavras, a cultura de representação democrática ainda não tange a todos os brasileiros. Contudo, mesmo com a instabilidade administrativa que o país tem passado desde 1985 - dado que, dos quatro presidentes eleitos, apenas dois terminaram seus mandatos - o cenário é promissor. Os movimentos sociais como o "Diretas Já" e o "Vem Pra Rua" demonstraram evolução no quesito comprometimento político. O povo apresentou seu descontentamento com governantes que se demonstraram demagogos, além de passar a se informar e penetrar a esfera política com mais frequência. Assim sendo, é importante que o Governo fomente a participação política dos cidadão a partir da maior publicação de campanhas destinadas a isso. A introdução de atividades sobre essa temática nos currículos escolares por meio da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) é, também, vital para o desenvolvimento de gerações compostas por líderes políticos e por pessoas mais conscientes. Ademais, o envolvimento da própria população torna-se necessário, uma vez que somos nós os compositores da democracia que tanto clamamos.