Na década de 70, os Estados Unidos, que participaram da Guerra Fria, comandaram vários ataques na região do Vietnã como forma de mostrar sua supremacia para os outros países do mundo. Nesse contexto, levantou-se, na nação norte-americana, um movimento Hippie, em que a população, baseada no lema “paz e amor”, defendia a não participação do país naquela guerra, o que provocou o recuo dos Estados Unidos no combate. Sob esse viés, constata-se que os movimentos populares são fundamentais para a construção da cidadania em um país, uma vez que fortalece a vontade popular e limita atitudes autoritárias do governo. Em primeira instância, os movimentos populares impactam, de forma positiva, a construção da cidadania, visto que demonstra a força da opinião e da vontade popular, o que afirma a verdadeira democracia, pois o governo passa a existir para suprir as necessidades do povo. Nesse prisma, esses levantes fortalecem o indivíduo em seu papel de ser social e permite que esse cobre o seu Estado por mudanças. Sob esse aspecto, o filósofo iluminista, Jean Jacques Rousseau, em sua teoria do Contrato Social, confirma que o governante é um servidor do povo, sendo da função daquele realizar aquilo que é necessário para a sobrevivência desse. Ademais, essas atitudes populares limitam as ações do Estado, o que diminui o autoritarismo e outras ações contrárias às vontades do povo. Desse modo, o governante teme ao tomar decisões impopulares, visto que compreende a força e o poder na união de um povo, dentro de movimentos sociais. Sob esse plano, a primavera árabe foi um movimento de cunho popular que se estendeu por países do Oriente Médio e do continente Africano, a fim de derrubar regimes ditatoriais. Nesse prisma, um grande símbolo dessa onda revolucionária ocorreu na Tunísia, em que um homem ateou fogo no próprio corpo como forma de protesto, o que foi o estopim para o início de uma guerra da população contra o governo. Portanto, os movimentos populares atuam, positivamente, na construção da cidadania de um país, uma vez que fortalece as vontades populares e dificulta o autoritarismo do Estado. Dessa maneira, cabe ao Ministério da Educação colocar, como horário obrigatório, no contraturno de escolas públicas e privadas, aulas de debates políticos e seminários de cunho social, por meio de palestras ministradas por pensadores, professores, políticos, artistas e outros formadores de opinião voluntários que estarão apoiados por um portal gratuito, na internet, desenvolvido pelo governo, que hospedará os materiais necessários para os palestrantes utilizarem nas aulas, a fim de politizar os alunos, dos níveis fundamental e médio, para participar de movimentos populares.