"O Brasil não tem povo, tem público". Segundo Lima Barreto, os brasileiros escutam e não criticam, são roubados e não denunciam, enfim, não lutam pelos seus direitos. Mas no Brasil contemporâneo, o "público" começa a possuir poder, voz e vez, transformando suas realidades e seus interesses. É no século XX que ocorre um dos maiores atos público do país, em exato, no ano de 1983, quando milhões de brasileiros vão às ruas em todo o país, pedindo as Diretas Já. Sendo esse, o único meio ativo possível, indo as ruas e reivindicando o direito ao voto, mudando assim a realidade do país. Contudo, em 1992, inicia-se uma nova batalha, agora pela queda do então presidente Fernando Collor, pessoas nas ruas e paralisações em empresas, fazem com que o país inteiro se mobilize, faixas pedindo o impeachment eram carregadas por toda uma multidão, e mais uma vez, as vozes das ruas são ouvidas, e o presidente é derrubado. Todavia, essas reivindicações não acabavam ali, no dia 13 de março de 2016, ocorre a maior manifestação popular brasileira de todos os tempos, novamente um impeachment estava em curso, dessa vez da então presidente Dilma Rousseff, pessoas com faixas e cartazes pedindo o impeachment, entravam para a história brasileira, como guerreiros que lutavam por um país. Em síntese, percebe-se que o povo não é mais um público, ao contrário, são aqueles que buscam a melhoria de um país, lutam por seus direitos, por uma mudança social que afete a toda uma população. Mas isso tudo só ocorre se manifestações se desenvolverem pacificamente, apenas de forma democrática. Conscientizar uma sociedade de que ela tem direitos, e que eles devem ser reivindicados democraticamente, sem depredações, é uma maneira de mostrar, que as manifestações públicas, são os melhores caminhos para uma mudança social.