Reconhecida historicamente por sua contribuição principalmente política às nações contemporâneas, a Grécia Antiga é o berço da democracia. Foi em Atenas que surgiram as primeiras medidas para uma forma de governar igualitária e abrangente. Mas, a democracia atualmente é, de fato, igualitária? Como é exercida a democracia no Brasil e quais seus efeitos na população brasileira? A democracia é, hoje, o sistema de governo mais seguido no mundo – principalmente ocidental. Na democracia, para eleições presidenciais, por exemplo, é requisitado o modo “50% mais 1” onde visa, assim, eleger o governante aprovado por mais da metade dos eleitores brasileiros – o que não implica a aprovação de todos ou sequer da maioria. É um sistema falho que não pode abranger a todos e, até seu ponto de votação, é perpassado por outras etapas que muitas vezes podem ser forjadas, como o marketing ilusório, promessas que não serão cumpridas ou, até mesmo, a compra do voto de forma direta ou indireta. No atual cenário do Brasil, em meio à crise econômica e política, foi aceito, recentemente, pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o pedido de impeachment da Presidente da República Dilma Rousseff. Por um lado, alguns defendem que tal governo foi eleito democraticamente e está imune a esse pedido. Para outros, como ilustra a fala de Gilmar Mendes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal): “não é necessário que o governo tenha sido corrupto para o impeachment entrar em vigor, basta que tenha sido omisso”. Depreende-se, diante do exposto, que a democracia, embora não seja um sistema perfeito, é o mais aceito. É importante, contudo, a sua eficaz atuação na prática. Por meio das manifestações – que não podem parar – os cidadãos devem exigir dos governos estaduais e federal as promessas e exercer a democracia buscando igualdades e aceitando as diversas culturas. Assim, ter-se-á uma abrangência maior da democracia, e, consequentemente, adaptando o que proferiam os Inconfidentes Mineiros: igualdade ainda que tardia.