No limiar do século XXI, a sociedade contemporânea brasileira passa por um processo de congnoscibilidade do cenário político. Apesar dos avanços e conquistas, os habitantes, agora, entendem que a democracia é algo além de uma possibilidade de voz da população, mas - sim – que sem a participação popular ela não funciona. Nesse sentido, as incertezas persistem. De um quadro de massacres e violações aos Direitos Humanos, a transição da ditadura à liberdade auriverde foi o impulso ao desenvolvimento político. O Estado, poder político e administrativo, possibilitou a democracia indireta, ou seja, representativa no país. Sendo assim, se afirma a premissa filosófica de Aristóteles, segundo a qual o homem é um ser social, logo capaz de modificar e influenciar o locus em que vive. Em contrapartida, por uma fragilização de governabilidade, ações executadas de encontro com a tolerância social, a democracia direta se fez necessária. Assim como cidadãos atenienses que se reuniam nas Ágoras para discutir a organização da comunidade, em 2013, iniciaram-se as manifestações populares, que tomaram as ruas, e fizeram as reivindicações dos brasileiros serem ouvidas. Assim, uma segunda redemocratização acontece: a transformação da nação, agrupamento humano, que penetra na cultura democrática. Entretanto, a incerteza de revanchismo político e de desrespeito ao todo existe, uma vez que não há a educação política no Brasil. Segundo o sociólogo Émile Durkheim, o indivíduo só poderá agir na medida em que aprender a conhecer o contexto no qual está inserido. A partir dessa égide, são condições “sine qua non” que as instituições de educação insiram o ensino político na grade escolar, o que possibilitará aos alunos conhecer o histórico brasileiro e entender a importância da democracia para o bem da sociedade; além disso, o parlamento deve expandir os debates administrativos, por exemplo, com votações virtuais à população, a fim da participação direta se efetivar. Utopia hoje, carne e osso amanhã.