Descobrimento do Brasil Indústria. Independência. Abolicionismo. A democracia – assim como os diversos rumos seguidos pela humanidade – tardou a chegar ao Brasil, devido ao fato de ter realizado a emancipação definitiva de Portugal somente em 1889, com a proclamação da república e, futuramente, ter vivido dois períodos de ditadura – uma durante a Era Vargas e outra por um regime militar – as quais totalizam mais de vinte anos. Isso, somado aos recentes governos marcados pela corrupção, levou o cenário político brasileiro a um estágio de redescoberta de um processo democrático ainda pouco explorado no país. Por conta de – ao longo de sua história – o brasileiro não ter escolhido seus representantes, seja por conta de golpe de Estado, eleições fraudulentas ou o voto ser restrito a uma minoria, ele tende a não demonstrar interesse em exercer sua cidadania. De acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 20% dos eleitores não compareceram às urnas nas eleições de 2016, evidenciando – assim – o descaso dessa parcela com a escolha de seus representantes, visto que o voto é obrigatório. Por outro lado, devido aos recentes escândalos de corrupção sucessivos que ocorreram – tais como o “Mensalão”, o caso da Petrobrás e a “Lava-a-jato” – todos envolvendo desvio de verba pública – a população fica desacreditada de seus representantes, com receio de votar tanto nos que são réus nesses processos quanto nos que fazem parte do partido deles. Faz-se necessário, dessa forma, uma renovação política, com a saída dos atuais políticos e partidos para a entrada de novos indivíduos, considerados mais “dignos de confiança” que seus antecessores, o que demanda de conhecimento da população para votar no concorrente que corresponda e busque os seus interesses. Observa-se, portanto, que a redemocratização no Brasil está em construção, necessitando de medidas para que ela se torne efetiva. Por isso, o Ministério do Planejamento deve, em conjunto com o Ministério da Comunicação e as mídias, informar semanalmente as pautas em questão no Legislativo em canais de televisão aberta, rádios e outros meios de comunicação, permitindo a população não só manter-se informada do trabalho dos representantes, mas também envolver-se mais com a política do país. Além disso, o Ministério da Educação precisa, por meio da elaboração de palestras com especialistas, levantar debates em escolas e universidades com a presença de diversos pontos de vista do assunto, o que – somado a necessária inclusão do ensino de política na base curricular do ensino médio – introduz os jovens nas questões políticas da nação e permite que eles levem suas contestações e conhecimentos para suas casas.