O conceito de democracia nasceu ainda na Grécia Antiga, há dois milênios, e se fortificou com o passar das eras. Contudo, foi a partir da Revolução Francesa, contrária ao Antigo Regime europeu, que os ideais de liberdade, fraternidade e igualdade ganharam real dimensão. Hoje, no Brasil, esses conceitos deveriam reger o governo, mas a perspectiva de um Estado justo para todos está distante da realidade do país.  Os obstáculos para o desenvolvimento democrático provém de séculos de dominação europeia e de uma antiga sociedade completamente rígida e estratificada. A política tardou a raiar no país, sendo antecedida pelo poder dos senhores de engenho - que impunham o severo patriarcalismo social -, e, quando finalmente surgiu, manchou-se de ditaduras, populismo e votos de cabresto. Um exemplo claro foi a independência, totalmente controlada pelas elites, sem qualquer chance de adesão popular.  Dentre tantas características herdadas do passado, a que mais se reflete nos dias atuais é a fraca participação política dos cidadãos. Com a vinda de tantos governos indigentes, o conceito de política foi deturpado e associado à corrupção e à idéia de perpetuação dessa realidade. A definição de Thomas Hobbes de um Estado gigante e autoritário ainda paira sobre a sociedade brasileira.  Em síntese, o cenário democrático se encontra longe de ser alcançado. No entanto, como revelou Aristóteles, um governo justo se faz com cidadãos justos. Cabe a cada indivíduo, portanto, fazer seu papel como ser político e buscar por seus direitos. A mídia e o Terceiro Setor tem o dever de veicular os ideais democráticos, seja por programas televisivos, seja por projetos sociais. As escolas também tem a finalidade de propagar um ensino consciente e ético.