Título da redação:

A busca de um sonho: o ideário democrático

Tema de redação: O cenário de redemocratização em construção no Brasil

Redação enviada em 29/02/2016

A plenitude democrática, nos últimos anos, tem sido o sonho de vários Estados. A princípio, democracia é considerada, por muitos políticos, como um exemplo de governo, no qual a soberania do povo prevalece. É preciso ressaltar que, segundo o francês Rousseau, os governos só existem devido a um “contrato social”, ou seja, deve haver um acordo entre governante e governados, para que haja uma democracia plena. Entretanto, o Brasil não tem vivido este harmonioso equilíbrio, visto que a sociedade e o governo não têm atuado de maneira conjunta e articulada em prol de toda a nação. Em primeiro lugar, vale lembrar que, através dos anos, a população brasileira se mostrou efetiva e ativa na busca pela democracia. De certo que o Estado brasileiro também sofreu, por anos, a ditadura militar, pela qual o cidadão tornou-se inativo, sem voz ou escolha e foi marginalizado no período. Contudo, em seus primeiros passos, na década de 1980, a luta democrática se fez ativa pelos guerreiros que buscavam o pluralismo político e o equilíbrio econômico. Por isso, o país é marcado por movimentos sociais democráticos igualitários, como o “Diretas Já”. Em contraste com a população, estão os governantes, que insistem em praticar uma política de interesses pessoais e, em sua maioria, visam à classe de nobres empresários, esquecendo-se, pois, do povo brasileiro mais pobre. Por consequência deste fato e por não agirem de forma igual aos planos de todos, o país, de acordo com a revista “The Economist” e o seu instituto de pesquisa - “Economist Intelligence Unit” -, caiu de 41º para 47 º, entre os 167 países analisados no índice democrático de 2010. Um país que prioriza os objetivos políticos de uma minoria e marginaliza os de uma grande maioria não deve ser chamado de país democrático. Portanto, a busca brasileira pela plena democracia ainda não é uma realidade, visto que ainda não é o foco de alguns governantes que não consideram o “contrato social” de Rousseau o fundamento básico de uma nação democrática. Sendo assim, a população deve cobrar seus representantes, por via de dispositivos previstos em lei, como as petições, as atuações mais sociais possíveis, para que beneficie toda a comunidade. Os representantes do povo devem priorizar as necessidades de seus governados, utilizando-se de debates entre ambos, a fim de que uma pátria redemocratizada possa se consolidar. Além disso, a mídia deve não só informar, mas também desenvolver práticas reflexivas que atinjam seus usuários, visando uma maior atuação democratizada. Logo, se todos agirem juntos, este cenário será modificado.