Todo ser humano tem direito à vida, segundo consta na Declaração das Nações Unidas. Porém, a prática do aborto na sociedade brasileira contradiz esse valor, gerando debates acerca da autonomia feminina, com resoluções que nem sempre se adequam ao direito citado. Em consequência, foi criada uma lei que não considera crime a interrupção da gestação até o terceiro mês de de gestação. Em justificativa, afirmou-se que tal medida acorda com a liberdade de escolha da mãe e com a melhora das condições sanitárias em que o aborto é realizado. Em contrapartida — com exclusão de casos excepcionais — tal prática torna-se arbitrária, pois, há a consideração apenas de ignorância intelectual da mãe, sua classe social e , em certos casos, sua incapacidade de cuidar da criança. Nesse quadro elucidativo, deveria-se haver agentes de saúde que acompanhassem a gestação e o fornecimento de auxílio alimentício pelo governo. Caso a mãe não desejasse ficar com o filho, após o parto, o Conselho Tutelar poderia entrar em ação e levá-lo a um orfanato. Nesse sentido, Madre Teresa de Calcutá, quando questionada sobre o assunto, declarou veemente " Não podemos permitir que uma mãe mate seu filho dentro do útero, pois, se assim for, como diremos aos homens para não cometerem homicídios entre si? " Políticas mais incisivas sobre a educação sexual devem ser implementadas no Brasil, pelo MEC, sob a forma de projetos educacionais aos infantojuvenis, nas escolas e comunidades, a fim de conscientizar as futuras mães de sua carga de responsabilidade frente a vida que gerarão.