Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 01/09/2018

No Brasil, ao longo do século XXI, a questão do aborto é um conteúdo bastante discutido e que possui grande repercussão, a qual possui foco em um principal critério: a autonomia da mulher. Garantida pela Constituição de 1988, pergunta-se, nesse contexto, se a autonomia é plenamente concedida às mulheres desse país, constando-se que está diretamente ligada ao seu poder de escolha em meio à sociedade. À frente de um país de índoles machistas, as mulheres sofrem com a opressão à sua autonomia sexual e reprodutiva, assim como à sua liberdade. Embasando-se no pensamento do filósofo brasileiro Paulo Freire, tem-se que “ninguém é sujeito da autonomia de ninguém”. Portanto, assim como o homem possui autonomia sobre si, a mulher possui autonomia sobre seu corpo. Seja por problemas financeiros, por saúde ou pela vontade de não ter uma criança, suas escolhas devem ser respeitadas. Ademais, é importante esclarecer que não é por serem proibidos que os abortos deixem de ocorrer. Com base em dados do Ministério da Saúde, há cerca de oitocentos mil abortos por ano. Em outras palavras, uma em cada cinco mulheres do país já o fizeram. Além disso, as consequências que são geradas às mulheres após abortos de forma clandestina também devem ser analisadas: há o de risco de morte por infecções ou do surgimento de problemas psicológicos, como depressão. Desse modo, com a legalização do aborto, os danos à saúde das mulheres diminuirão cada vez mais, assim como número de clínicas informais ativas. Em virtude do que foi mencionado, entende-se que a omissão da autonomia da mulher acerca do aborto deve ser uma preocupação de todos, pois afeta o bem comum. Assim, faz-se necessário que o Estado, no caso da legalização do aborto, crie clínicas especializadas e acessíveis para as mulheres que escolham abortar, que disponibilizem apoio antes e após o parto e que, sobretudo, garantam a saúde das pacientes. Soma-se a isso a função do Ministério da Saúde em disponibilizar métodos contraceptivos e promover, em parceria com o Ministério da Educação, uma melhor educação sexual, por meio de campanhas educativas acerca de anticoncepcionais. Dessa forma, o número de mortes por aborto diminuirá e o Brasil dará mais um passo em direção à liberdade de escolha.