Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 21/08/2018

Os casos de abortos ilegais no Brasil, mostra que o padrão lógico social não se conserva atualmente. As pessoas decaíram da sublime "Era das Revoluções" à Era da Depreciação. Se a princípio propiciou o encadeamento de autonomias sociais, a mais nova ocasionou o ápice da restrição vigente, principalmente na saúde pública. Essa ausência de conhecimento em massa afeta inclusive as gestantes. É nesse contexto, que a interrupção da gestação por mulheres revela o despautério do arquétipo no Brasil. É pertinente destacar que a decomposição dos sistemas que moldam a sociedade -parafraseando Alain Touraine- no processo de subjetivação, inclui o crescente número de abortos ilegais, feitos em clínicas clandestinas insalubres, sem condições adequadas de higiene e com profissionais desqualificados. Diante disso, o Brasil fica como o 2° país com menos noção da própria realidade, segundo a pesquisa "Os perigos da percepção" do instituto Ipsos Mori. De fato há dívidas sociais que levam à falência de ideologias. Não estaria a sociedade brasileira se enfraquecendo, como proposto por Gilles Lipovetsky em a Era do Vazio? É preciso evidenciar a pertinência de mortes de mulheres em consultórios de "fachada" objetivados ao aborto ilegal, uma vez que infecções generalizadas são recorrentes, dificultando o tratamento e levando estas ao óbito. Assim congemina a inércia do sodalício mediante essa situação deturpadora, visto que a cultura individualista é um mecanismo intenso desse impasse. Nesse sentido, 1 a cada 5 mulheres até os 40 anos no Brasil já abortou em clínicas clandestinas de acordo com a pesquisa Nacional do Aborto, desenvolvida pela Anis – Instituto de Bioética e pela Universidade de Brasília (UnB), divulgada na revista Ciência e Saúde Coletiva. Esse fato revela o forte impacto na sociedade atual. Não estaria a sociedade atual sendo acometida pela "cegueira branca" proposta por Saramago? Infere-se que o as condições precárias de locais ilegais que fazem o aborto, são as causas da problemática a serem desconstruídas, começando pelo Congresso Federal juntamente com o Ministério da Saúde para que que os artigos 124 e 126 do Código Penal de 1940, os quais justamente criminalizam o aborto, sejam declarados apenas parcialmente recepcionados pela Constituição Brasileira, diminuindo as mortes decorrentes da prática, como em Portugal que estas são quase nulas fazendo o que é certo sempre para a população brasileira, teorizando Martin Luther King.