O cenário da interrupção da gravidez ainda é algo muito discutido no Brasil. Pesquisas mostram que uma a cada cinco mulheres já praticaram aborto, como o processo ainda não é legalizado, tem de ser feito em clinicas clandestinas com condições de risco. Muitos fatores estão associados a não liberação do aborto, impedindo as mulheres de decidirem o futuro da sua própria gravidez. É importante ressaltar o fato de a interrupção não ser legalizada não impede a prática, muitas mulheres morrem em clinicas clandestinas por falta de escolha, pois, o governo, até então, não pode ajudá-las nessas situações. Atualmente, ela só é permitida em três casos: estupro, gravidez de risco e casos de anencefalia. Entretanto, alega-se que quem aborta estaria pensando no futuro daquele ser, por talvez não se sentir capaz de dar uma vida digna a ele, acaba abortando. Muitos fatores podem estar ligados a persistência da proibição do aborto, um deles é que nos dias de hoje, ainda se tem forte influência religiosa no Poder Legislativo. As religiões mais influentes no Brasil não toleram a pratica abortiva. Outro fator seria os discursos pró-vida, que não admitem a retirada da oportunidade de uma vida. Com base nessas informações, nota-se um problema na saúde brasileira a ser solucionado, em tais casos, o Poder Legislativo deve deixar de lado argumentos religiosos, pois o Brasil é laico, e considerar a prática em gestações de até 12 semanas, preferencialmente na rede pública de saúde, para diminuir consideravelmente a prática clandestina. A mídia e as escolas devem investir em campanhas incentivando a utilização de métodos contraceptivos. Assim, muitas mulheres deixarão de morrer nas mãos de clínicas clandestinas.