Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 28/04/2018

No século XXI, é cada vez mais evidente a discussão acerca a independência da mulher e sobre seu poder seu poder individual para fazer escolhas. Nesse quesito, a interrupção da gestação é um ponto importante a ser considerado, pois, além de envolver fatores sociais, políticos e culturais, envolve, principalmente, a decisão da mulher sobre seu corpo. No Brasil, a prática do aborto é ilegal, exceto, casos específicos, nesse cenário, os riscos são evidentemente maiores. Portanto, é necessário a atenção ao aborto no que se diz a autonomia da mulher e sua independência, considerando, acima de tudo o direito de escolha e a saúde da gestante. A Constituição brasileira garante a todo e qualquer ser humano o poder de escolha, independente da classe social, cor e etnia. No entanto, essa defesa a liberdade torna-se contraditória no momento que no Código Penal Brasileiro também há ilegalidade para interrupção da gravidez, ou seja, além de não assegurar a autonomia da gestante, o Estado não garante a ela recursos para ter sua escolha respeitada. Além do contexto político, a sociedade põe em foco as crenças religiosas e procura impor às mulheres essa decisão. Porém, na questão do aborto não se trata de crenças e argumentos construídos em bases religiosas ou culturais, mas sim, essencialmente na saúde e segurança da mulher, além de certificar que sua decisão seja levada em consideração. Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma brasileira morre a cada dois dias por conta de procedimentos mal feitos em abortos clandestinos. Esse é dado crítico e que revela um grande problema na saúde brasileira. Por ser ilegal, a interrupção da gestação muitas vezes é feita de forma imprópria em lugares sem segurança à gestante e sem os devidos recursos, o que gera riscos sérios a saúde da mulher. Associado a isto, as mulheres que mais sofrem por ter que procurar buscar lugares precários para realizar o aborto são, em sua maioria, pobres. Gestantes de maior poder aquisitivo, apesar de também buscarem meios clandestinos, conseguem pagar por uma parcela de maior segurança. Esse cenário, gera outro problema delicado na questão do aborto, que além de não garantir a decisão à mulher, promove uma esfera de desigualdade. Dessa forma, são necessárias medidas para que a mulher tenha autonomia, mais segurança e respeito diante de sua decisão. É imprescindível que, seja coloca em pauta pelo poder legislativo a questão da legalização do aborto, em busca, acima de tudo, da segurança da gestante, a qual não necessitaria de meios clandestinos e inseguros. Além disso, é fundamental salientar a importância de, após a legalização, levar médicos e recursos a hospitais públicos, para que todas as gestantes tenham acesso a seus direitos. Outrossim, é importante a abordagem do tema em todos os âmbitos da sociedade, para que, dessa forma, as pessoas tomem conhecimento que a questão do aborto se refere ao direito da mulher e seu bem-estar. Nesse contexto, será garantida a mulher, seu direito a independência e liberdade de escolha.