Autonomia: capacidade de governar pelos próprios meios. Embora o significado pareça encantador, a autonomia vai até a onde a lei permite. O aborto por exemplo, é sinônimo da falta do livre arbítrio da mulher. No Brasil, a inexistência da interrupção da gravidez de forma voluntária é um problema enraizado diariamente em discussões calorosas entre prós e contras. Nesse cenário de calamidade, a busca por direitos de escolha, a mulher passa por preconceitos; injúrias e críticas da sociedade. Historicamente, a mulher não possui o direito do livre arbítrio, sendo submissa e deixada para segundo plano nos âmbitos familiares e principalmente sociais . Porém, com o passar dos anos, o sexo feminino foi conquistando aos poucos seus direitos. Infelizmente, algumas lacunas ainda estão vazias, como no caso do aborto. A interrupção da gestação é válida no Brasil apenas em duas situações: quando a gravidez apresenta risco de vida para a mãe; ou no caso de estupros. Atualmente, a interrupção da gravidez de anencéfalos vem sendo discutida por juízes, devido as condições futuras da vida de tal criança. Infelizmente, o Brasil vem passando por uma crise preocupante de doenças gravíssimas, principalmente para gestantes, causando má formação do feto. São cerca de 3.600 casos de má formação craniana causada pelo zika vírus. Vindo a tona a descriminalização do aborto devido o cenário atual. Um fato a ser ressalvado, é a falta de preparo governamental. Caso ocorra o nascimento dessas crianças, o Estado deve garantir total assistência tanto para a mãe como para o seu filho. Porém, não à estrutura física nem financeira para o país proporcionar tais medidas. Lamentavelmente, essas crianças terão dificuldades durante todo o processo de desenvolvimento, principalmente no requisito educacional devido a falta de preparo de escolas, docentes, discentes e outros funcionários. Além do mais, a proibição do aborto, faz com essas mulheres partam para métodos caseiros prejudiciais, podendo levar a morte. Em suma, a falta de autonomia da mulher é um assunto a ser discutido. Pois todo ser deve ter domínio de si e do seu corpo. A interrupção do aborto deve ser discutida livremente sem julgamentos, entrando em um acordo o mais rápido possível para que haja melhorias no cenário brasileiro. Afinal, a maternidade só será completa se for de forma voluntária.