Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 30/03/2016

O individuo necessita, em qualquer lugar do mundo, de autonomia plena em decisões correspondentes ao seu corpo. Quando se trata do Brasil, essa necessidade é ainda maior em relação ás mulheres. Nos últimos anos, o debate acerca da descriminalização do aborto vem sendo recorrente pelo grande número de casos de interrupções gestacionais (induzidas) clandestinas em todo o Brasil. A questão é: o aborto é uma questão de saúde pública. Prova disso é a notificação da Organização Mundial da Saúde que mostrava que a cada dois dias, uma mulher brasileira morria por um aborto inseguro. Tratando essa questão com a devida seriedade se faz necessário um grande avanço na sua regulamentação, visando diminuir o número de mortes e defender o pleno direito de autonomia feminino. Filosoficamente, o conceito de autonomia consiste na qualidade de um individuo de tomar suas próprias decisões com base na razão. Ou seja, o individuo não é condicionado a agir (pelo estado, por exemplo), mas sim impulsionado por sua plena vontade. O filósofo Immanuel Kant diz que “Servir-se da sua própria razão é ser autônomo e, portanto, livre.” Defender a vontade do individuo é garantir o direito fundamental de fazer aquilo que quiser com o próprio corpo. Torna-se bem claro, portanto, que o Estado deve promover os avanços na regulamentação do aborto, aumentando o quadro de casos considerados viáveis para o aborto, por exemplo. Com estes avanços deve-se incentivar a criação de lugares propícios para o ato e regulamentação de profissionais competentes. Além disso, deve-se promover encontros educacionais, principalmente em lugares mais distantes dos grandes centros, trazendo a tona discussões lúdicas sobre o assunto. Formando assim, indivíduos capazes de tomar suas próprias decisões.