Título da redação:

Os verdadeiros homicidas

Tema de redação: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 01/02/2016

Muito se tem debatido sobre o tema de aborto, em sua grande maioria terminando em argumentos desfavoráveis a tal. Porém nota-se que esses argumentos vêm de forma avassaladora, por: homens; mulheres que desejavam filhos e tinha condições de cria-los; ou religiosos. Essas pessoas levantam a bandeira de “pró vida” quando na verdade sequer pensam sobre o tipo de vida que essa criança viria a ter, ou as consequências físicas e/ou psicológicas da mãe que desejaria não ter essa criança. As primeiras pautas levantadas quando se entra nesse assunto são: “Isso não é seu corpo” ou ”é uma vida dentro de você” e até mesmo chamam a mulher de assassina e comparam aborto à homicídio. E para essas pessoas, não importe o quanto você apresente fatos científicos como o que diz que o feto não possui cérebro desenvolvido nas primeiras semanas de vida, estes são prontamente ignorados. Muitas vezes lhe são lembrados que a grande parte das meninas grávidas hoje em dia são adolescente, que não tiveram tempo de amadurecer e decidirem o que querem pra vida, e acabam sendo arremessadas a miséria quando engravidam precocemente, onde essas acabam tendo de parar os estudos e cuidar somente dos filhos, o que consequentemente a impede de futuramente encontrar um bom emprego e sustentar essa criança. Outro detalhe que sempre é deixado de lado pelos desfavoráveis é que a grande maioria dos homens fogem e não assumem a responsabilidade que tanto exigem da mulher, tornando-a ainda mais necessitada de ajuda. Logo ela acaba nas ruas, ou na prostituição, ou em empregos abusivos onde se trabalha muito mais do que se ganha, e logo a criança se encontra pais ausentes, ou acaba na rua, onde os mesmoa que defenderam seu nascimento fecham o vidro ao vê-la passar com seu sustento para vender. Seria no mínimo gratificante, ver cada um dos que apedrejam uma mulher favorável ao aborto, auxiliando essas crianças carentes de um lar, de comida, e de afeto, e se isso não for possível, é pedido que se acabe com o levantamento da bandeira “pró vida” e assuma a de “pró nascimento” pois em nenhum momento é colocado em pauta a vida futura dos que foram “salvos” do aborto.