O aborto no Brasil é polêmico e criminoso. Uma mulher optar pela interrupção da gravidez ou consentir que outro faça, é crime regido por lei. Isso basta para condená-la. A cada dois dias, uma brasileira morre por aborto inseguro. Mais de um milhão de mulheres por ano praticam o aborto no Brasil. Seria hipocrisia achar que não praticarão apenas por ser ilegal. Ignorar, não muda o cenário. Se a mulher se dispõe a correr o risco, num lugar qualquer, merece receber um apoio físico e psicológico. Com certeza, não deve ser uma decisão fácil de ser tomada. Um motivo a mais para ter apoio da sociedade e dos governantes. Claramente não são com as leis pautadas que os opositores julgam e sim com leis religiosas, passadas através das gerações. Baseiam-se nas mesmas leis que impõe uma mulher submissa e frágil. Uma realidade que vem mudando bastante nas últimas décadas. O aborto é um algo que necessita ser liberado, pela saúde das brasileiras que optarem por ele. Porém, deve ser algo limitado, a um por mulher, ao longo de sua vida. Investir em prevenção, educação sexual e conscientização do que é o aborto. É provável que prevenindo se reduzirá o número de abortos e será muito mais econômico para o país do que a intervenção médica para efetuar o mesmo.