Título da redação:

O problema está no início

Tema de redação: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 19/03/2016

A legislação brasileira permite a prática do aborto-interromper a gestação- somente, nos casos de anencefalia ou de filhos frutos do abuso sexual -nos casos de estupros. Essa rigorosa prática virou palco de discussões entre o grupo feminista e os religiosos. No entanto, muitos não são cientes do porquê impor limites na autonomia das mulheres, uma vez que futuramente possa gerar indivíduos irresponsáveis e a formação de um mercado especulativo, voltado para essa prática. É primordial analisar a questão atual, na sociedade, em que várias manifestações são feitas defendendo diferentes diretrizes. O grupo das feministas- defende os direitos das mulheres-debatem a legalização do aborto, uma vez que as mulheres são donas do seu próprio corpo, logo, quem deve ter autonomia são elas. Outro grupo é o dos religiosos que preservam o direito a vida e condenam como um caso criminoso. Há também algumas mulheres que agem clandestinamente, devido a esse controle, colocando em risco sua saúde. Por outro lado, há muitas outras considerações defendidas para a autonomia da mulher, em interromper sua gestação, como no caso de uma gravidez não planejada. Porém, o que muitos não levam a sério é que o limite pela realização nessa decisão deve ser restrito, uma vez que se houver uma liberação, pode gerar um mercado especulativo diante dessa prática, ou seja, “em cada esquina” teremos clínicas realizando o ato com valores especulados. Outro fator é que também pode gerar indivíduos irresponsáveis, pois, estarão cientes de que poderão “concertar” seu erro-gravidez não planejada. Dessa forma, o ato de não liberar uma autonomia para as mulheres, trata-se de uma conduta coerente para o bem da saúde feminina. Portanto, a questão de liberar a autonomia da mulher é uma conduta inoportuna, uma vez que o problema deve ser tratado pela sua origem, como antes de necessitar dessa prática. Isso se daria através da participação das escolas, em orientar os jovens, pelas aulas de biologia, a fim de que sejam responsáveis, evitando uma gravidez não planejada. Outro fator mister é o auxílio dos postos de saúde, com as consultas de ginecologistas que informem sobre o uso de anticoncepcional e o cuidado devido. Cabe ainda lembrar na participação da família, o primeiro conselho deve ser orientado pelos pais, a fim de que todos os jovens, desde cedo, estejam cientes da responsabilidade e das consequências possíveis.