Título da redação:

Nada é 100% certo nem 100% errado

Tema de redação: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 12/05/2017

NADA É 100% CERTO OU 100% ERRADO. O sonho de muitas mulheres e ser mãe, mas para outras isso pode ser um pesadelo. E o que fazer caso isso aconteça de forma inesperada? Com o tempo a medicina se tornou cada vez mais eficaz e um método utilizado pelas mulheres é o aborto. Muitas pessoas dizem que deve ser legalizado, mas há outras que afirmam o contrario, e até os dias atuais, não existe uma conclusão sobre o aborto, pois, nada é 100% certo ou 100% errado. E também não há como proibir o aborto, pois há inúmeros casos em que mulheres foram estupradas e por via desse ato “machista” e “desnecessário”, a vítima (mulher) acaba engravidando. Também há casos em que o aborto tem que ser efetuado por risco de vida da mãe ou se o feto for anencefálico (sem cérebro). E segundo o Supremo Tribunal Federal (STF) esses três casos já citados estão de acordo com a lei que permite o aborto. A mulher é dona de si mesma e não cabe a alguém decidir o que fazer com seu corpo, e muitas vezes a mulher engravida, como por exemplo: porque o anticoncepcional não “funcionou”, que pode ser explicado pelo ginecologista e obstetra Domingos Mantelli “como a pílula anticoncepcional não é um método 100% seguro ela tem 99,8% de eficácia várias situações podem limitar a eficiência do medicamento na hora de proteger o casal de uma gravidez indesejada.” E se a mulher não estiver preparada financeiramente e nem psicologicamente para essa criança, o aborto é uma opção. E como não é legalizado muitas mulheres sob “pressão” se submetem a cirurgias que são procedidas em clinicas clandestinas, podendo colocar em risco a vida da mulher. Há diversos fatos para serem discutidos antes de uma decisão sobre ser contra ou a favor do aborto, um deles é que a mulher tem direitos em seu próprio corpo, pois o ser humano tem seu livre arbítrio, e quem afirma isso é o filósofo Peter Singer: “Mesmo se considerarmos que já há vida nos estágios mais primordiais da gravidez, sou a favor do aborto, porque aquela vida ainda não constitui uma pessoa com individualidade, auto compreensão, noção de passado e futuro e são os interesses da mãe que devem prevalecer; interesses de uma pessoa com um entendimento complexo da vida, que reconhece seu passado e tenta articular seu futuro, contra o de uma vida que não pode fazer sentido de si própria.” Existem inúmeras discussões sobre o assunto, envolvendo aspectos religiosos, legais, socioculturais, entre outros. O melhor a se fazer nessas circunstancias é analisar cada caso em particular, pois, se houver a legalização pode haver casais que irão descuidar com os meios anticonceptivos porque sabem que em últimos casos a mulher poderia fazer o aborto.