Título da redação:

Manutenção da autonomia

Tema de redação: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 15/12/2015

O aborto, ato que interrompe voluntariamente uma gravidez sempre esteve presente nas sociedades, muitas vezes sendo adotado como uma última solução para uma gestação indesejada, levanta constantes debates onde aspectos morais e religiosos são ressaltados. Este ato é ilícito por lei no Brasil e causa diversos malefícios, comprometendo não somente ao feto mas também a vida de quem se submete a esta ação. Mulheres praticantes do aborto usualmente encontram-se em situações turbulentas, como: pressão e ameaças familiares, também como do companheiro, ruptura da relação onde o feto foi concebido, má preparação e falta de recursos para a vinda de um novo filho, estes fatos refletem do planejamento familiar, não devendo assim ser usado como uma justificativa viável para a prática do aborto, já que uma mulher para exercer sua autonomia deve usar a mesma com consciência, cuidando de si e de seus atos, não se submetendo a riscos e não precisando infringir leis vigentes, já que este ato é considerado como crime contra a vida humana pelo Código Penal Brasileiro. Além disso, o aborto acarreta diversas consequências psicológicas tanto para a gestante como para os demais membros da família, como: depressões, frigidez, aversão ao companheiro, culpabilidade, desordens nervosas, queda da autoestima, entre outros. No Brasil dados mostram que acontecem mais de 1 milhão de abortos clandestinos e 250 mil internações por complicações por ano, mostrando o quão amplo é o aborto neste país. Existem diversos manuais na internet mostrando como praticar um aborto, muitas mulheres começam a praticá-lo ilegalmente em casa, com remédios que tem sua comercialização proibida no Brasil para público geral, como o Misoprostol. Desse modo, para a manutenção de uma autonomia deve-se primeiro não fazer uso de recursos ilegais para a interrupção de uma nova vida, a população deve juntamente com o Governo e Órgãos de Saúde Pública agir na implementação de práticas de educação sexual e reprodutiva, planejamento familiar e uso de métodos anticoncepcionais, assim como serviços de atendimento para saúde sexual, a fim que o aborto não seja visto como solução para uma gestação indesejada.