É inegável o avanço da independência da mulher na sociedade que vem ocorrendo de maneira acelerada desde o século XX com a criação de leis específicas em defesa de seus direitos, deveres e interesses dando-lhe liberdade para tomar decisões autônomas dentro de seus limites legais. Porém, há limites quando se trata de gestação e sua interrupção. No Brasil, a prática do aborto não é livre, e é considerado crime quando praticado de maneira clandestina. Essa polêmica vem gerando rebuliço na sociedade, o grupo ativista feminista, por exemplo, prega o lema “meus corpo, minhas regras” com ideia de que a mulher tem total controle sobre seu corpo e que inclusive tem o direito de interromper sua gestação se não estiver satisfeita. No entanto, a partir do momento que a gestação se inicia, um novo corpo está sendo gerado dentro da mulher, uma nova vida. Sendo assim, a sua interrupção espontânea é considerado crime, exceto em casos devidamente previstos no código penal brasileiro como gravidez provinda de estupro, gestação de risco para a mulher ou se o feto for anencefálico, nesses casos quando o aborto é praticado por profissional capacitado e em devidas condições de higiene não há crime. Conseguintemente, é de suma importância a conscientização da mulher de que é de sua responsabilidade a preservação da gestação e que nesta atividade ela é única, e em sua autonomia não tem o direito de interrompê-la, a não ser dentro dos limites legais previsto na constituição federal, e que pode trazer riscos para si mesma quando praticado de maneira clandestina.