A autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção de gestação gera grande discussão em toda a sociedade. Científica, religiosa, social e politicamente falando, há vários prós e contras quando se trata da liberdade da mulher nos casos de aborto. Por exemplo, na medicina discutem se esse ato infringi ou não o direito a vida de um ser vivo. Na maioria das religiões, interromper uma gravidez é impensável, é pecado. No Brasil é permitida a interrupção da gestação somente nessas três situações: quando há risco de vida para a mulher causado pela gravidez, quando esta é causada por estupro ou se o feto for anencéfalo. Nesses casos o governo fornece gratuitamente o aborto legal pelo SUS. O abortamento clandestino constitui a quinta causa da morte materna no país. O fato é que mesmo o aborto sendo aceito somente para certos casos, este ato continuará acontecendo de forma precária, prejudicando a saúde da mulher, podendo ser até fatal. Por se tratar de um problema de saúde pública, é sensato legalizar o aborto, diminuindo a mortalidade materna e a longo prazo, cada vez menos crianças sofrerão com o fato de serem indesejadas e frequentarão menos casas de adoção.