Título da redação:

E quando não há opção?

Tema de redação: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 17/05/2017

Atualmente a luta pela igualdade de gênero e desenvolvimento da autonomia feminina está em alta, devido as intensas discussões e movimentos feministas. Porém, o direito de tomar decisões sobre o próprio corpo em relação à interrupção da gravidez está sendo negado pela justiça brasileira, a qual é liderada, na sua maioria, por homens religiosos e conservadores, que caracterizam o aborto como crime, com exceção dos casos de anencefalia, estupro e quando há risco de morte materna. Por conta dessa restrição, muitas mulheres que não têm opção, acabam realizando o aborto clandestino, o qual é um problema sério e que resulta em muitas consequências físicas, psicológicas e até mesmo a morte, seja por falta de conhecimento da técnica, ou por falta de suporte médico necessário. Caracterizando um sério problema de saúde pública, com milhões gastos no atendimento e milhares de mortes anualmente. Mesmo com todos os preceitos éticos e religiosos envolvidos, é válido ressaltar que o poder da decisão cabe a mulher, afinal, o corpo em questão pertence a ela. Bem como durante as 12 primeiras semanas da gestação o feto ainda não tem as ligações necessárias do Sistema Nervoso, não deixando-o sentir dor. Tendo isso em vista, é necessário que o Governo Federal e o órgão de justiça responsável legalize o aborto até a 12ª semana de gestação, junto a isso, se faz necessária a criação de redes de apoio psicológico às mulheres que realizarão tal ato. Também se faz imprescindível que o Ministério da Saúde (MS) crie protocolos mais amplos e humanizados para atendimento a essas mulheres. Garantindo assim um atendimento humano e o direito pleno sobre o próprio corpo a todas as mulheres, independentemente de cor, classe social e religião.