Título da redação:

Direitos: entre a escolha e a vida

Tema de redação: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 31/01/2016

Por décadas a moral discute a questão do aborto no mundo. Infelizmente, tal questão ainda gera acordos e desacordos, dificultando um consenso. É válido avaliar que existem dois direitos cruciais ao ser humano: o direito de escolher, e o direito de viver, e esse é o maior problema. Quando a escolha afeta a vida, existem contradições consideráveis. Vive-se no Brasil uma estrutura politica denominada democracia, e portanto, deve-se tolerar a decisão legal de cada individuo. Todavia, abortar fere a permissão de vida, ainda que apenas feto, de um ser humano, do mesmo modo em que o homicídio também a elimina. Ainda que moralmente o contraste entre ambas as situações seja grande, a Constituição brasileira é clara em relação á humanidade. Logo, a interrupção da gravidez é escolha puramente da mulher; no entanto, o homicida não comete crimes forçados; a decisão também lhe pertence. Obviamente, um assassinato e um aborto possuem caráter distintos. A gestação interrompida certamente possui justificativas humanas, como em casos de estupros, e em tal parâmetro, é compreensível. A autonomia da mulher é, felizmente, uma realidade hoje, fator esse que lhe permite uma posição sobre diversas situações, inclusive essa. Ainda que contrariando, deve-se buscar analisar e compreender a mulher. Não seria democrático impedir o poder de defesa sobre o que lhe é melhor ou não. Em contrapartida, continua-se defendendo a não legalização do aborto, cujo esse ainda fere o direito á vida de um cidadão. O ideal seria a mulher lutar por uma gravidez, ainda que indesejada, para lutar por uma vida. Uma nação inteira lutando por uma vida.