A mulher brasileira possui pouca autonomia em relação ao aborto. Apesar de alguns direitos conquistados, o assunto ainda diverge opiniões no congresso, dificultando os avanços a respeito do assunto. O Aborto é proibido pela constituição, apesar disso, milhares de brasileiras praticam a ação todos os anos. Entra também em questão se há ou não dor provocada ao feto. Exceções possibilitam que esse ato ocorra legalmente no Brasil, tal como em casos resultados de estupro, fetos com anencefalia e quando há risco de vida à mulher. Em outros casos, o fato de se tornarem criminosas não impede a retirada do feto, mas sim dificulta o acesso a uma infraestrutura de qualidade e a medicamentos que tornariam o processo menos doloroso física e psicologicamente. Milhões de reais são gastos anualmente por meio do atendimento médico devido às mal sucedidas tentativas de aborto, e ainda sim muitas mulheres morrem buscando interromper a gestação. Levando em consideração o ser gerado, tirar seu o direito à vida pode ser considerado um ato brutal e impiedoso, já que o feto não possui meios para a autodefesa. No entanto, o corpo onde ocorre o desenvolvimento da criança é inteiramente de autonomia feminina, devendo ser seu o direito de escolha de seguir com a gravidez. O feto é anestesiado naturalmente até as 24 semanas de gestação, quando as conexões nervosas com o cérebro são efetuadas, possibilitando sua retirada do útero antes que lhe cause dor. Sendo assim, novas leis devem ser criadas visando à legalização do aborto, sendo disponível até 24 semanas de gestação, por meio do SUS para facilitar o acesso aos métodos. A profilaxia, utilização de métodos contraceptivos, deve ser expandida na mídia, juntamente com a conscientização no que se diz respeito à gravidez. A verba destinada ao atendimento feminino das que sofreram complicações pela prática clandestina seria utilizada de modo mais eficaz e seguro, diminuindo consideravelmente as mortes provocadas pela prática, e consequentemente, salvando pelo menos a mãe nessa situação.