Título da redação:

Combate ao aborto clandestino

Tema de redação: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 12/09/2017

No Brasil, o aborto é considerado crime, com exceção da gravidez por consequência de violência sexual ou por apresentar risco de saúde à mulher. Com isto, tornou-se um assunto polêmico, marcado por fatores sociais, culturais e religiosos. Em primeira abordagem, 8,7 milhões de Brasileiras entre 18 e 49 anos, realizam o procedimento de retirada do feto em clínicas clandestinas, as quais apresentam-se, como sendo as causas de muitas mortes maternas, aproximadamente 181 mil mulheres, -dados do Ministério da Saúde e IBGE 2015-. Os grupos que apoiam a decisão da mulher, sobre seu corpo, acreditam, que legalizar o aborto, evitará a sua realização em clínicas clandestinas, de baixo saneamento básico e sem procedimentos legais. A legalização do aborto, tal qual ocorre em alguns países, como no Uruguai, foi responsável pela sua diminuição anualmente, - de 33 mil, foi para 4 mil-, dados OMS. Neste contexto, Steven Levit comenta, “ O lado indesejado, oculto e inesperado de tudo, nos afeta” e defende que, a legalização foi responsável também, pela queda nas taxas de criminalização, da Califórnia. Por outro lado, os grupos religiosos acreditam no direito à vida, cuja é dada por Deus e somente ele deve tirá-la. Desse modo, mostram-se contrários a realização do aborto, como retrata a obra de Gil Vicente, “ Auto da barca do inferno”, a qual defende a moral cristã, baseada na punição de pecados e valorização das virtudes. Portanto, para que o índice de abortos no Brasil seja combatido, o Estado deverá investir em saúde pública e educação sexual, através de métodos contraceptivos. Desta maneira, se todas as mulheres tivessem acesso igualitário na educação, não existiria gravidez indesejada e o País apresentaria queda, no número de abortos.