Título da redação:

Autonomia sobre direitos

Tema de redação: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 02/01/2016

As mulheres são maioria, quantitativa, na sociedade brasileira, porém ainda não alcançaram autonomia sobre o que diz respeito a políticas progressistas de seus direitos específicos, como a interrupção da gestação. As leis, ainda, são regidas numa base sexista que, infelizmente, não visam o bem estar dessas. No Brasil, a representatividade feminina no legislativo cresce, mas ainda lentamente para que se vejam mais projetos de lei que legitimam o cidadão-mulher. Enquanto o percentual nacional de mulheres não for refletido no ambiente parlamentar, assuntos como a legalização do aborto serão discutidos por uma minoria, quantitativa, que nem se quer é legislada por tais leis. O aborto ocorre com mulheres e a envolve não apenas física, mais também psicologica, moral, financeira e emocionalmente, e por isso deve ser debatido por elas. Como país democrático, o Brasil, segue uma linha laica, teoricamente, porém não prática. A definição religiosa do ‘ser mulher’ e de vida foi usada como base para a consolidação do aborto como crime. Na visão do cristianismo, a mulher é mãe e a vida surge na concepção, portanto não há possibilidade de escolher sobre a gestação , sem que se cometa pecado e/ou crime, que seria punido. Essa lógica sexista que impera na sociedade brasileira, muito através de uma maioria que compõe o parlamento, impede que mulheres escolham sobre seu bem estar por si mesmas, e continuam tornando-as vítimas de processos ilegais e nocivos. Assim, as mulheres na sociedade brasileira precisam se tornar mais atuantes no cenário político como meio de conquistar maiores autonomias sobre seus direitos. Uma mudança revolucionáriarevolucionária e necessária para a atual situação político-social desse grupo tão significativo na população, mais pouco significante ainda. De modo que ser ou não ser mãe, seja questão de escolha e não destino imposto.