Título da redação:

Autonomia da mulher antes e durante gestação.

Tema de redação: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 20/12/2015

No Brasil, abortar é tido como crime, porém é sabido que durante os três primeiros meses de gestação, o feto que está sendo gerado ainda não se encontra completamente formado. Diante disto surge a discussão se a mulher tem ou não autonomia para interromper a gravidez, caso desejado. Visto como pecado por diversas religiões, a legalização do aborto envolve questões morais e éticas a cerca da interrupção de uma vida ainda em geração. Assim, a gestante que opta por interromper a gravidez, por não possuir meios legais para tal feito, acaba realizando aborto de modo irregular. Não obstante, as clínicas clandestinas que realizam aborto, diversas vezes possuem técnicas errôneas, havendo ainda a falta de equipamentos e de assistência médica. Dessa forma, consequências graves, como infecções, impedimento de futuras gestações e até mesmo a morte, recaem sobre as mulheres optantes do aborto. Com o intuito de reduzir esses riscos ocorre na sociedade brasileira, o debate sobre autonomia da mulher sobre o seu próprio corpo. Contudo, sabe-se que, excluindo os casos de estupro, a decisão da mulher sobre gerar ou não um feto pode ser feita antes da gravidez. Isso pode ser feito através do uso de métodos contraceptivos, como camisinha, que evita gravidez e ainda diminui as chances de doenças sexualmente transmissíveis, ou anticoncepcionais, que elevam os níveis de estrógeno e progesterona, inibindo a ovulação da mulher. Nesse interim, vê-se que embora a regulação do aborto seja vista como meio de crescimento da autonomia da mulher brasileira, é possível que a gestação seja evitada através de métodos contraceptivos. Dessa forma, o corpo da mulher não é menos agredido e a mesma terá mais chance de futuras gestações. Assim, o Estado deve criar programas voltados para investigação e punição de clínicas clandestinas. Além disso, Organizações Não Governamentais podem promover campanhas nas cidades, através da distribuição de panfletos para conscientização, palestras em praças públicas ou ainda com criação de programas e/ou comerciais televisivos, com informações dos riscos de aborto e dos métodos contraceptivos para gravidez.