Nos últimos meses pode-se observar projetos conservadores, que em sua maioria possuem cunho religioso, contradizendo com a suposta laicidade de nosso país. Estes projetos, exemplo o Projeto de lei-5069 e têm dominado os noticiários, e são tentativas de um tremendo retrocesso no que tange o direito da mulher sobre seu corpo. Ainda pode-se observar que no Brasil o aborto ainda é tratado como questão policial, como crime. Ao invés de ser tratado como questão de direitos humanos ou de saúde pública. Em nosso país cerca de um milhão de abortos são realizados todos os anos, e por serem realizadas em locais clandestinos muitas mulheres acabam morrendo no pós-operatório. Em países como Estados Unidos, França, Espanha entre outros o aborto é legalizado e para que ocorra a mulher passa por um processo de acompanhamento médico-psicológico para que ela possa tomar a decisão e no pós-operatório garantindo assim o direito a saúde da mulher. Para que toas alterações sejam possíveis é necessária uma mudança da configuração de nosso parlamento garantindo assim uma maior representatividade feminina, para que as mulheres possam ter seus direitos de escolha assegurados. Para que haja uma legalização do aborto se faz necessária que argumentos médicos e humanistas consigam mais espaço e que a população passe a observar tais questões com um olhar menos religioso. Para que isso ocorra é importante que haja uma conscientização da população e isso só pode acontecer através de mudanças na educação, como a inclusão de discussões de assuntos como este em nossas escolas, isso seria realizado através do Ministério da Educação (MEC).