Título da redação:

Aborto: questão de saúde pública.

Tema de redação: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 30/09/2016

Apesar da ilegalidade, há um número expressivo de abortos voluntários no Brasil por ano, feitos de modo clandestino –mas nem sempre precário. Ainda assim, o tema permanece um tabu na sociedade brasileira, ainda que o debate esteja se ampliando novamente. A ilegalidade leva inúmeras pessoas a recorrerem a métodos inseguros de interrupção da gravidez, o que gera números elevados de internações no SUS. Segundo dados oficiais, cerca de 244 mil internações no SUS, no ano de 2004, referiam-se a curetagem pós-aborto, apontando para uma estimativa de um milhão de abortos anuais. Há, além disso, muitas meninas/mulheres que decorrem de métodos abortivos muito violentos e brutais, gerando morte materna e sequelas. As clínicas de aborto tem um único objetivo: lucro. O documentário “Blood Money”, disponível no Youtube, revela esta trágica verdade. Como dizia Rene Descartes: “Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis”. O aborto é hoje um problema de saúde pública e deve ser discutido pelos três poderes. A mulher luta a séculos pela autonomia do seu próprio corpo, sendo que em muitos casos o aborto vem de uma gravidez por estupro ou falta de informação sobre sexo para os jovens. É preciso criar um cenário onde dê á gestante a escolha de modo a esclarecer as possibilidades e as possíveis conseqüências. Criar comissões centralizadas e interdisciplinares, que adotem a decisão final sobre admitir ou negar o recurso ao aborto nos casos descriminalizados, levando em consideração os certificados oferecidos pelos especialistas. Esta é uma solução plausível que pode ser gerida pelo governo em parceria com instituições privadas.