Vítima de uma uma sociedade machista, com seus direitos sob tutela de um governo que se diz laico, mas que ainda sofre influência da igreja católica e que não leva em consideração suas necessidades e vontades, a mulher brasileira vivencia uma triste realidade onde sua liberdade é violada e deixa de ter soberania de seu próprio corpo. Mesmo o assunto não sendo comentado, não são raros os casos de aborto no Brasil. Realizados de maneira clandestina, sem profissionais e higiene necessária, o problema se torna muito maior com o aumento de chances de infecções. Logo, os casos em que o aborto é permitido por lei (estupro, risco de vida à mãe e acefalia), visto a demora da justiça brasileira, torna-se perigoso, pois é seguro para a mulher a interrupção dentro do primeiro trimestre de gestação, muitas vezes acaba sendo tarde demais para que as medidas necessárias sejam tomadas Nota-se vive-se numa falsa democracia onde o governo decide o que fazer ou não com os indivíduos. O governo não permite aborto legal, mas permite que milhares de pessoas vivam na miséria, um verdadeiro aborto pós-parto,pessoas com todos os sistemas formados, preocupadas com fetos que não têm sentimentos ou sensibilidade, desprezando pessoas de iguais sistemas. Salienta-se ainda que o gasto para interrupção de uma gravidez é mais barato que tratar de uma possível infecção adquirida durante um aborto clandestino, desse modo sendo mais vantajoso para o governo e para a saúde pública. Portanto, deve-se investir na educação sexual, promover projetos de orientação de prevenção de gravidezes indesejadas tanto nas escolas como em órgãos de saúde pública, e casos onde já ocorreu gestação sem desejo, cabe ao governo oferecer inicialmente, ao menos a liberdade de escolha para uma interrupção de maneira segura. Uma vez que a mulher tenha que se submeter a alto risco de infecção para realizar sua vontade,a liberação do aborto não é ser contra vidas, é dar à mulher a segurança e a liberdade de escolha.