Há várias polêmicas relativas à legalização do aborto no Brasil, entretanto sua temática se torna muito mais complexa do que aparenta ser, pois envolve tanto questões morais e sociais, quanto questões jurídicas e até mesmo religiosas. Ao relatar o assunto, é possível perceber os dois lados da discussão; um fala sobre a criminalidade, já que uma vida está sendo tirada, portanto, é compreenssível que algumas pessoas tenham o pensamento voltado à ideia de morte, porém, o segundo lado, está ligado à autonomia e à liberdade de escolha da mãe, pois a mesma possui total poder sobre a criança e também sobre seu corpo. De acordo com o CFM (Conselho Federal de Medicina), pesquisas vêm sendo realizadas a partir de 2013 para tornar o ato legal, não só quando há estupro ou risco de morte da mãe (o que já acontece), mas também até o 3° mês de gravidez, alegando que não há nem prisões suficientes para prender todas as mulheres que já realizaram tal procedimento clandestinamente, muitas vezes em clínicas ou locais completamente inadequados, com profissionais desqualificados, pondo em risco sua própria saúde. Minimizando a lei, haveriam benefícios, tendo em vista que algumas gravidezes indesejadas continuarão a serem interrompidas clandestinamente, caso o fato continue a ser visto como crime. Vale lembrar também que o mais importante é conscientizar a sociedade sobre a importância das medidas anti-gravidez, dando-lhes prioridade máxima, pois a mulher deve ter total liberdade de escolher seu futuro e o futuro de seu bebê.