O número de abortos no Brasil, anualmente, é cerca de 1 milhão. Por ser uma prática ilegal - exceto nos casos de estupro, anencefalia ou risco de morte da mãe, é feito, muitas vezes, de forma clandestina. Isso revela um grande problema social a respeito do planejamento familiar e a falta de instrução da sociedade. Devida as condições precárias e de riscos do aborto ilegal, é discutido se a mulher deve ter amparo legal para realizar essa prática. Porém, para isso ocorrer, demanda uma estrutura que o Sistema Único de Saúde (SUS) não é capaz de suprir. Dessa forma, um caos ainda maior é acarretado na saúde pública e os métodos paralelos continuaram ocorrendo, visto que o índice de aborto é maior entre as mulheres de baixa renda, que, por sua vez, não teriam recursos para recorrer ao setor privado. Contudo, é necessário ver a gravidez como algo evitável e não como uma enfermidade que pode ser adquirida ao acaso. Há diversos métodos contraceptivos no mercado e, além do mais, é distribuído, de forma gratuita, em postos públicos de saúde, o mais eficaz entre eles: a camisinha. Ou seja, é de suma responsabilidade do casal se prevenirem. Enfim, descriminar o aborto é inviável atualmente e o problema pode ser resolvido de uma maneira alternativa. Visando o fim da gravidez não desejada, o governo deve proporcionar palestras sobre planejamento familiar e métodos anticoncepcionais, de modo que seja acessível a todos, como em rádios ou televisores. Deve também continuar com a distribuição gratuita de camisinhas e tornar isso conhecimento de todos com a ajuda dos agentes de saúde. Já os responsáveis devem, também, instruir seus filhos em casa. Sendo assim, é possível diminuir e tornar o aborto desnecessário.