No limiar do século XXI, a questão do aborto no Brasil é um assunto muito discutido e bastante delicado, visto que, trata-se da interrupção de uma gravidez e de uma vida. No território brasileiro, estima-se que, ocorrem em média de 200 casos por ano, o que comprova que não legalizar não impede a existência e a prática do aborto. Em primeira instância, nota-se que o aborto é praticado por mulheres de todas as classes sociais, raças e com uma variedade de motivos. A gravidez indesejada, a falta de prevenção e a baixa renda da família, são algumas das causas que induzem a mulher a praticar o aborto. Geralmente em clínicas clandestinas, sem aparato para protegê-las de riscos posteriores. Em decorrência disso, torna-se alto o índice de depressão, problemas psicológicos e físicos, ou até mesmo a mulher chega a óbito. O filósofo brasileiro, Paulo Freire, defendia a tese de que ninguém é sujeito da autonomia de ninguém. Segundo sua filosofia, o ser humano tem autonomia sobre si, e da mesma forma, a mulher tem autonomia sobre o seu corpo quando decide praticar o ato do aborto ou seguir com a gestação. Diante dessa problemática, mostra-se fundamental a ação do Ministério da Saúde juntamente com a Mídia, na implantação de programas com palestras e divulgações em redes sociais no desenvolvimento de campanhas acerca do aborto, sobretudo com a conscientização às mulheres da prática sexual segura, para que, antes de praticar um aborto seja evitada uma gestação.