A concordância ou não sobre a prática do aborto é diretamente influenciada pelo contexto histórico e, principalmente, pela religião. No Brasil contemporâneo, o aborto é considerado ilegal, demonstrando a omissão da autonomia feminina, no entanto pesquisas revelevam que entre 5 mulheres 1 já realizou tal ato. Essa ação geralmente é feita em clínicas clandestinas, evidenciando o risco que a pessoa é submetida. Mesmo sabendo dos perigos, muitas mulheres recorrem a esse metódo por vários motivos como a pressão social de ser mãe solteira, a não participação do pai e a falta de apoio familiar e de estrutura financeira para cuidar de uma criança. As mesmas, através dos procedimentos de má qualidade, são afetadas psicologicamente e fisicamente, neste caso, pode apresentar ameaças letais. Contudo, o problema está longe de ser resolvido, pois a mulher, contrariando a Constituição brasileira, não tem a liberdade de escolher o que aconterá com seu corpo. Ela é impedida de não querer gerar o feto tanto pelo Estado como pela sociedade. Além do mais, a falta de amparo resulta na desistência da continuação da gestação e a ausência de uma visão de um futuro melhor no país intensifica essa decisão. Portanto, medidas são necessárias para a resolução do impasse. Primeiramente, deverá ser legalizado o aborto até os 3 meses, uma vez que essa medida é um meio de diminuir o número de mortes entre mulheres e um direito individual. Além disso, o Ministério da Saúde juntamente com ONGs poderiam criar programas de assistências à gestantes solitárias e uma forte propaganda sobre os mesmos por meio de cartilhas e na Voz do brasil, nas rádios. Dessa maneira, estaríamos construindo uma sociedade mais justa e harmônica.