Título da redação:

A Autonomia da Mulher Brasileira: Uma Questão de Risco

Tema de redação: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 30/01/2016

O Brasil tem hoje um cenário muito polêmico, cercado de discussões e controvérsias sobre um tema que a décadas está em pauta no país, o aborto. O fato de ser uma prática ilegal, faz com que muitas gestantes, que por diversos motivos não deseja ter um filho, busque outros meios para interromper a gravidez, como por exemplo, a procura por pílulas abortivas, médicos clandestinos e métodos que colocam em risco sua vida. Além de movimentos feministas que lutam a favor da legalização do aborto no Brasil, existem também, iniciativas por parte da comunidade médica, como por exemplo, o CFM (Conselho Federal de Medicina), que busca defender a liberação do aborto até o terceiro mês de gestação, onde o risco de morte da gestante é menor e nessa fase, o feto ainda não desenvolveu por completo o seu sistema nervoso. A legislação brasileira só permite o aborto nos casos em que o feto tem a má formação do cérebro (anencefalia), estupro ou quando a mãe corre risco de vida. O aborto não é bem aceito por parte da população brasileira, na maioria das vezes por envolver questões religiosas ou por se tratar de uma vida, logo, existe parte da sociedade que é contra a legalização do aborto. Por outro lado, muitos apoiam tais iniciativas, tendo em vista os benefícios que isso pode trazer a sociedade, pois muita mãe não tem preparação e condições de criar uma criança, seja por questões financeiras, sociais ou até mesmo emocionais. Logo, isso acaba levando a gestante a ter autonomia em aderir a processos ilegais, uma vez que criar uma criança sem alguns pilares essenciais para o desenvolvimento dela, reflete em problemas na sociedade como um todo, pois uma criança que cresce sem a devida atenção dos pais, acaba buscando isso de uma outra forma. Portanto, é importante a discussão de uma medida que tenha a aceitação da sociedade brasileira, tendo em vista que isso vai trazer benefícios para o Brasil, e diminuir o número de óbitos que envolvem os processos de aborto ilegais no país. É papel do governo reforçar as campanhas relacionadas a cuidados no ato sexual, afim de diminuir os riscos de uma gravidez indesejada e conscientizar a mulher que sua autonomia em decisões de interromper sua gestação, traz riscos a sua vida. O Brasil precisa mostrar alternativas para aquelas que já não sabem o que fazer, mudanças na legislação a respeito do aborto pode ser uma ótima forma de tentar diminuir atendimentos clandestinos e métodos abortivos que cerca o desespero de muita gestante brasileira.