Título da redação:

O desenvolvimento insustentável do agronegócio

Tema de redação: O avanço do agronegócio e os reflexos no meio ambiente

Redação enviada em 27/09/2016

A Revolução Verde possibilitou a modernização do campo, fato que trouxe a soja, que é um grão de regiões frias, para áreas tropicais no Centro Oeste. No entanto, esse avanço na agricultura vem causando o desmatamento dos biomas brasileiros, de tal forma que, entre 2001 e 2006, um milhão de hectares da floresta amazônica foram transformados em cultivo de soja. Dessa maneira, perturbações ambientais, como o efeito estufa e os diversos malefícios do uso de agrotóxicos, são intensificadas pelo desenvolvimento desenfreado do agronegócio. Primeiramente, é essencial destacar que a Revolução Verde também ampliou o uso de insumos agrícolas, os quais visam o combate às pragas nas culturas de alimentos. Contudo, eles causam sérios danos ao meio ambiente tendo em vista que esses produtos contaminam os lençóis freáticos e os rios, causando a morte dos animais dessa região e modificando o ecossistema local. Além disso, essa contaminação pode chegar até nós ao consumirmos alimentos orgânicos, como o morango e o pimentão, ricos nesses agrotóxicos e pela ingestão de animais afetados pela sua absorção indireta, levando, assim, a impactos em toda a cadeia alimentar. Ademais disso, o aumento da agropecuária contribui para a potencialização do efeito estufa. Isso ocorre porque o gado, na sua digestão, libera o gás metano, e o desmatamento, gás carbônico, ambos gases estufas. Por conseguinte, considerando que as árvores capturam o CO² da atmosfera, o processo de desflorestamento aumenta a concentração desses poluentes, resultando em um maior aquecimento global. Diante disso, fica claro que o desmatamento e a pecuária são os grandes vilões do efeito estufa, já que são responsáveis por maior liberação de poluentes do que os combustíveis fósseis. Sendo assim, enquanto a indústria da agricultura desmatar e priorizar a pecuária, haverá sérios impactos no meio ambiente. Portanto, o Governo deve expandir a Lei Moratória da Soja, a qual boicota tal produto fabricado em áreas desmatadas na Amazônia, para todos os biomas que sofrem com a perda da área florestal. Para evitar a contaminação dos lençóis freáticos e dos alimentos, cabe ao agricultor a utilização de pesticidas biodegradáveis e, de preferência, os naturais. Por fim, o Estado deve criar, juntamente com as ONGs, programas de reflorestamento nas regiões devastadas, buscando, assim, a redução de CO² na atmosfera. Nessa perspectiva, poderemos diminuir o desenvolvimento insustentável do agronegócio.